Por Martin "Mr. Civil Libertarian"
Como os
partidários do Libertarian Party (N. T.: "libertarian" é como é chamado o apoiador de políticas ultraliberais nos EUA) do lado dos EUA reúnem-se em
cinemas para assistirem a versão do filme de A Revolta de Atlas (o
filme tem um lançamento limitado e severa crítica de todos fora
daqueles que já aceitaram completamente a filosofia de Ayn Rand de
apologismo corporativo e apoio do egoísmo como um estilo de vida), o
próprio Libertarian Party do Reino Unido é pego numa controvérsia
menor sobre seu líder.
Então não
é uma semana brilhante para ser um leitor de Nozick, Rand, Friedman
ou Mises. Todavia nessa altura, de modo algum é um bom momento para
se declarar associado com qualquer filosofia que defende o
capitalismo laissez faire para ser uma virtude.
Mas para um
crescente número de auto-descritos libertários, eu mesmo incluído,
os libertarians de "direita" do Libertarian Party do
Reino Unido e do Libertarian Party dos EUA estão silenciosamente
abandonando o modelo "virtude do egoísmo" doutrinário de
liberdade apoiado pelos Ultraliberais Capitalistas que insistem sobre
as maravilhas produtivas de hierárquicas, riqueza concentrada e
corporações privadas poderosas politicamente.
O libertário
de esquerda, por outro lado, prefere identificar estas potências
econômicas como o que eles são: os beneficiários de subsídios de
estado invisíveis íntimos em uma variedade de formas.
Estes
subsídios incluem:
- direitos de propriedade artificiais;
- um sistema regulatório que beneficia jogadores amplos e estabelecidos às custas de fornecedores menores;
- subsidiar meios de transporte de longa distância às custas de iniciativa local mais capaz em adaptar oferta à demanda;
- e custos de capital de despesas criados de forma tão elevada que a maioria das pessoas normais são incapazes de alguma vez iniciar os próprios negócios.
Então por
que os então chamados partidários do Libertarian Party resultam
numa completa força para apoiar um sistema econômico que é
qualquer coisa menos libertário?
O problema é
que muitas formas de libertarianismo carecem de alguma forma de
contexto social.
Tais
ultraliberais, ironicamente denominados liberais "vulgares",
são melhor caracterizados pelos estereótipos reais que eles tentam
fortemente se livrarem: misantropia, egoísmo e um total desprezo por
origens de opressão não estatal (sexismo, racismo e outras formas
de preconceito), bem como a vasta desigualdade de riqueza e falta de
oportunidade apresentada pelo moderno e centralizado sistema
econômico capitalista de estado.
Ao invés de
tentar entender as origens destes sentimentos nocivos, eles
geralmente ignoram, ou pior, justificam suas presenças em suas
visões de uma sociedade "livre".
Como um
exemplo disso, vos referencio em grande parte do trabalho do
economista austríaco Walter Block, que recentemente lançou um livro
intitulado The Case for Discrimination.
O argumento
Libertário de Esquerda, por outro lado, ocorre diferente. Nós
aceitamos o prejuízo causado às minorias pelos preconceitos
socialmente destrutivos e divisivos – e a
necessidade de lutarmos contra eles.
Nós
também aceitamos o dano causado pela concentração de riqueza e
pelo sistema de classe – e a necessidade de lutarmos contra eles.
Nosso
única divergência com a esquerda convencional é nossa desconfiança
do estado como uma ferramenta para reformas.
Afinal
de contas, o estado é uma instituição que existe para permitir as
classes corporativas prosperarem – e as políticas da esquerda
progressista, enquanto reivindica trabalhar em direção a uma
sociedade mais justa e livre, estão meramente ajustando dentro dos
parâmetros permitidos do status quo.
É
essa desconfiança do privilégio tanto do estado quanto privado que
define da Direita Ultraliberal.
A
posição libertária de esquerda é também resumida pelo escritor
mutualista Kevin Carson, do Center For a
Stateless Society: "As Grandes Empresas tem sido uma criatura do estado desde o seu início. E
mercados genuinamente livres operariam como dinamite nas fundações
do poder corporativo".
Traduzido
por Rodrigo Viana. Para
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