Originalmente publicado
em 1984
Por Bob Black
Eu concordei em vir
aqui hoje para falar sobre o assunto “O Liberal como Conservador”.
Para mim, isso é tão óbvio que me é difícil encontrar algo para
dizer às pessoas que ainda pensam que liberalismo tem algo a ver com
a liberdade. Um liberal é apenas um adepto do Partido Republicano
que usa drogas. Eu teria preferido um tema mais controverso como “O
Mito do Orgasmo Peniano”. Mas já que a minha presença aqui é
patrocinada pelo estimado distribuidor de uma autêntica biblioteca
de referência sobre desordem e truques sujos, eu não posso apenas
pegar a concha [N. T.: referência ao livro O Senhor das Moscas] e
transviar. Eu, de fato, irei mutilar a vaca sagrada que é o
liberalismo mas, como dito, darei alguns exemplos das ultra-esquerdas
à direita ao meu modo. E eu não quero dizer que será de um jeito
fácil. Eu poderia apenas apontar para o Trilateralismo do
laissez-faire do Partido Libertariano, então sair e procurar por um
partido. Não demora muito para dizer que se você lutar em fogo
contra fogo você irá se queimar.
Se isso fosse tudo o
que eu tivesse a dizer, alguém se levantaria e diria que o Partido
Libertariano abandonou a fé liberal assim como os cristãos têm
insistido que seus comportamentos ao longo dos últimos 1900 anos ou
mais não deveriam ser mantido contra o cristianismo. Há liberais
que tentam recuperar o liberalismo do Partido Libertariano assim como
há cristãos que tentam reaver o cristianismo da cristandade e dos
comunistas (já tentei comigo mesmo) que tentam salvar o comunismo
dos partidos e estados comunistas. Eles (e eu) se exprimiram bem mas
perdemos. Liberalismo é direitismo-marginal partidarquista
[N.T.: partidarquismo é qualquer doutrina política que apoia o sistema partidário-eleitoral institucional] assim
como socialismo é, de fato, o que dissidentes do Leste Europeu
chamam de “socialismo real”, isto é, o socialismo de
estado da vida real de filas, racionamento, corrupção e coerção.
Mas eu escolhi não derrubar este espantalho enquanto homem
que não faz mal a ninguém. Uma corrente da direta reaganista [N.
T.: relativo ao ex-presidente americano Ronald Reagan] obviamente tem
apropriado, com seletiva suspeita, de tais temas liberais como
desregulamentação e voluntarismo. Ideólogos indignados de que
Reagan tem distorcido os princípios deles. Grande bosta! Eu noto que
os princípios deles, não
os meus, que ele achou adequado imitar. Esse tipo de disputa não me
interessa. Meus motivos por considerar o liberalismo como conservador
vai muito além disso.
Meu
alvo é o que a maioria dos liberais têm em comum —
uns com os outros e com os inimigos ostensivos deles. Liberais servem
o estado até melhor do que eles declamam contra. No fundo, eles
querem o que o estado quer. Mas você não pode querer o que o estado
queira sem querer o estado junto, porque o que o estado quer é as
condições em que ele se floresce. Minha abordagem (não amigável)
à sociedade moderna é considerá-la como uma totalidade integrada.
Teorias doutrinárias idiotas que consideram o estado como uma
excrescência parasitária sobre a sociedade não pode explicar a sua
persistência de longos séculos, a sua contínua invasão sobre o
que antes era terreno de mercado ou sua aceitação pela esmagadora
maioria de pessoas incluindo vítimas verificáveis.
Uma
teoria muito mais plausível é a de que o estado e (pelo menos) esta
forma de sociedade possuem uma interdependência simbiótica (contudo
sórdida), de que o estado e tais instituições como o mercado e a
família nuclear são, em vários aspectos, modos de hierarquia e
controle. As articulações dessas instituições nem sempre são
harmoniosas (briga por terreno aqui) porém eles partilham de um
interesse em comum em confiar seus conflitos à elite ou a resolução
de especialista. Para demonizar o autoritarismo estatal, em que
ignora arranjos subservientes idênticos, contudo consagrados por
contrato, nas grandes corporações que controlam a economia mundial,
o fetichismo é pior. Todavia, (para citar o mais vociferante dos
liberais radicais, o Professor Murray Rothbard) não há nada de
não-liberal sobre “organização, hierarquia, trabalho
assalariado, concessão de fundos por liberais milionários e um
partido liberal”. De fato. É por isso que o liberalismo é apenas
conservadorismo com um verniz racionalista/ positivista.
Liberais
prestam um serviço ao estado em que somente eles podem prover. Por
todas as queixas deles sobre suas extensões ilícitas que eles
concedem, em seus momentos lúcidos, eles admitem que o estado
governa muito mais pelo consentimento do que pela coerção — ou
seja, nos termos “liberais” da situação atual, o estado não
governa nada, ele meramente cumpre termos tácitos ou explícitos de
seus contratos. Se parece contraditório dizer que a coerção seja
consensual, a contradição está no mundo, não na expressão, e não
pode ser adequadamente apresentada exceto pelo discurso dialético. A
silogística unidimensional não pode fazer justiça a um mundo
amplamente carente de virtude. Se o seu idioma carece de poesia e
paradoxo, é desigual à tarefa de contabilizar a atualidade. Caso
contrário, algo radicalmente novo é literalmente impronunciável. A
lógica escolástica “A= A” criada pela Igreja Católica, ao qual
os liberais herdaram, de forma incontestada, vinda dos seguidores de
Ayn Rand, é tão constritivamente conservadora quanto a Novilíngua
de 1984.
O
estado comanda, na maior parte, apenas porque ele comanda o apoio
popular. É (e deveria ser) um constrangimento aos liberais de que o
estado governa com apoio de massa —
incluindo, para todas os efeitos práticos, o deles.
Liberais
reforçam atitudes complacentes, desviando insatisfações que são
generalizadas (ou que tendem a essa forma) focando em características
particulares e funções do estado em que eles são os primeiros a
insistir que são dispensáveis! Assim eles transformam
revolucionários em reparadores. Crítica construtiva é, de fato, o
tipo mais sutil de louvor. Se os liberais conseguissem aliviar o
estado de suas atividades exíguas, justamente eles poderiam salvar o
próprio estado. A ineptidão do setor público predominante não
será corroída pela reverência à autoridade. Quanto mais o estado
age, pior fica. Seguramente a razão pela aversão do homem comum ao
comunismo está na sua relutância em ver toda a economia funcionar
como o correio. O estado tenta transformar seus soldados e policiais
em objetos de veneração e respeito, mas os uniformes perdem muito
da sua mística quando você os vê sendo usados por guardas
florestais e coletores de lixo.
Os
ideais e as instituições de autoridade tendem a se agrupar juntos,
tanto subjetivamente quanto objetivamente. Você pode se lembrar da
observação de Edward Gibbon acerca da aliança eterna do Trono e do
Altar. Descontentamento gerado de dogmas recebidos tem uma tendência
a se espalhar. Se há qualquer futuro para a liberdade, ela depende
disso. A menos que e até que a alienação se reconheça, todas as
armas que os liberais estimam serão inúteis contra o estado.
Você
pode contestar de que o que eu disse possa ser aplicado à maioria
minarquista dos liberais, mas não aos supostos auto-intitulados
anarquistas dentre eles. Nem tanto. Para mim um anarquista de direita
é só um minarquista que aboliria o estado para a sua própria
satisfação chamando-o de qualquer outra coisa. Mas esta briga
familiar incestuosa não é assunto meu. Ambos os lados apelam para a
parcial ou completa privatização das funções estatais mas nenhum
questiona as próprias funções. Eles não denunciam o que o estado
faz, eles apenas se opõem sobre quem está fazendo isso. É por isso
que as pessoas mais vitimadas pelo estado mostram o menor interesse
no liberalismo. Aqueles que recebem a ponta final da coerção não
tergiversam sobre as credenciais dos que coagem. Se você não pode
ou não quer pagar você não se importa muito se sua privação é
chamada de furto, taxação, restituição ou aluguel. Se você gosta
de controlar o seu próprio tempo você distingue emprego da
escravidão somente em grau e duração. Uma ideologia que supera
todas as outras (com a possível exceção do marxismo) em sua
exaltação da ética do trabalho só pode ser um freio às
orientações anti-autoritárias, mesmo se isso funcione em meio ao
caos.
Meu
segundo argumento, relacionado ao primeiro, é de que a fobia liberal
em relação ao estado reflete e reproduz um profundo equívoco das
forças operacionais que fazem o controle social no mundo moderno. Se
— e isso é um grande “se”, especialmente onde os liberais
burgueses estão interessados — o que você quer é maximizar a
autonomia individual, então está muito claro de que o estado é o
menor fenômeno que se encontra no seu caminho.
Imagine
que você seja um antropologista marciano especializado em estudos
terrenos e equipado com o que há de mais moderno em telescópio e
equipamentos de vídeo. Você ainda não decifrou qualquer linguagem
terrena e assim você só pode gravar o que os terráqueos fazem, não
os equívocos deles compartilhados sobre o que eles estão fazendo e
por quê. No entanto, você pode medir de modo grosseiro quando eles
estiverem fazendo o que eles quiserem e quando eles estiverem fazendo
alguma outra coisa. Sua primeira descoberta importante é que
terráqueos dedicam quase todo o seu tempo a atividades indesejáveis.
A única exceção importante é um número cada vez menor de grupos
de caçadores-coletores não perturbados por governos, igrejas e
escolas, que dedicam cerca de quatro horas por dia a atividades de
subsistência que se assemelham muito a atividades de lazer das
classes privilegiadas em países capitalistas industriais do qual a
pessoa fica na dúvida se descreve o que eles fazem como sendo
trabalho ou lazer. Mas o estado e o mercado estão erradicando estes
obstáculos e você se concentra adequadamente nos poucos sistemas
mundiais inteiramente inclusivos de que, apesar de todos os
antagonismos internos evidentes como resumidos em guerra, é
praticamente o mesmo em qualquer lugar. Ademais, você observa que o
jovem terreno é quase que totalmente sujeito às imposições da
família e da escola, às vezes apoiado pela igreja e ocasionalmente
pelo estado. Os adultos geralmente se reúnem em família também,
mas o local onde eles passam a maior parte do tempo e se submetem ao
controle mais forte é no trabalho. Por isso, sem mesmo entrar na
questão do preceito definitivo da economia mundial dentro de limites
estreitos da atividade produtiva de todos, é evidente que a fonte do
maior aprisionamento direto experimentado pelo adulto comum não é o
estado mas, sim, a ocupação que o emprega. O teu patrão ou
supervisor dá-te mais ordens em uma semana do que a polícia em uma
década.
Se
olharmos para o mundo sem preconceitos, mas com a vista a maximizar a
liberdade, a principal instituição coerciva não é o estado, mas o
trabalho.
Liberais, que de forma séria apelam pela abolição do estado, não
obstante, olham as atitudes anti-trabalho com horror. A ideia de
abolir o trabalho é, naturalmente, uma afronta para o senso comum.
Mas a ideia de abolir o estado também é. Se houvesse um referendo
entre os liberais que apresentasse como opções a abolição do
trabalho com a retenção do estado, ou a abolição do estado com a
retenção do trabalho alguém duvidaria do resultado?
Liberais
estão em um raciocínio linear e análise quantitativa. Se eles
aplicassem estes métodos para testar suas próprias prescrições,
eles ficariam em choque. Esse é o ponto do meu experimento de
pensamento marciano. Isso não quer dizer que o estado não seja tão
repugnante como os liberais dizem que é. Mas sugere que o estado é
importante, não tanto pelo aprisionamento direto que ele inflige
sobre condenados e conscritos, por exemplo, quanto ao apoio indireto
de empregadores que regimentam empregados, comerciantes que prendem
ladrões e pais que tratam de forma paternalista os filhos. Nestas
salas de aula, a lição de submissão é aprendida. Claro que sempre
existe algumas aberrações como anarco-capitalistas ou anarquistas
católicos, mas são somente exceções da regra.
Ao
contrário de questões secundárias como desemprego, sindicatos e
leis de salário mínimo, o assunto do próprio trabalho é quase que
inteiramente ausente na literatura liberal. A maior parte do pouco
que existe consiste de seguidores de Ayn Rand verbalizando contra
parasitas, dificilmente distinguível da injúria infligida sobre os
dissidentes pela imprensa soviética, e de escolas dominicais
declarando trivialidades de que não existe almoço grátis — isso
vindo de ricos poderosos que habilmente se aproveitaram de tudo
deles. Em 1980 uma rara exceção apareceu em uma revisão de livro
publicada na revista Libertarian
Review
pelo professor John Hospers, o experiente conselheiro do Partido
Libertariano que abandonou o colégio eleitoral em 1972. Foi uma
defesa vigorosa do trabalho por um professor universitário que não
precisava fazer nada. Para demonstrar que seus argumentos eram
completamente conservadores, basta mostrar que eles concordaram em
todos os pontos essenciais com o marxismo-leninismo.
Hospers
achou que poderia justificar o trabalho assalariado, a disciplina de
fábrica e a gestão hierárquica observando que elas são impostas
em regimes leninistas assim como no capitalismo. Ele aceitaria o
mesmo argumento para a necessidade de leis repressivas de sexo e
drogas? Assim como outros liberais, Hospers é inquieto — daí sua
perseguição gratuita contra grupos de esquerda — porque o
liberalismo e o leninismo são tão diferentes como Coca-cola e Pepsi
quando se trata de consagrar a sociedade de classes e a fonte deste
poder, o trabalho. Somente no sólido fundamento do fascismo de
fábrica e da oligarquia de escritório os liberais e leninistas
ousam debater questões triviais que os dividem. Lance nas correntes
populares os conservadores, que reconhecem o mesmo, e chegamos num
verdadeiro trilateralismo da ideologia pró-trabalho temperado à
gosto.
Hospers,
quem nunca teve que receber ordens, não vê nada de degradante em
receber ordens de chefes, pelo “de que outra forma uma fábrica de
larga escala poderia ser organizada?”. Em outras palavras, “querer
abolir a autoridade na indústria em larga escala é equivalente a
querer abolir a própria indústria”. Hospers novamente? Não,
Frederick Engels! Marx concordou: “Vá e conduza uma das fábricas
de Barcelona sem direção, isto é, sem autoridade!” (O que é
precisamente o que os operários catalães fizeram em 1936, enquanto
os líderes anarco-sindicalistas deles temporizaram e cortaram
acordos com o governo). “Alguém”,
diz Hospers, “tem que tomar decisões e” —
veja só que coisa — “alguém mais
tem que implementá-las”. Por quê?
Seu precursor Lenin igualmente endossou os “poderes ditatoriais
individuais” para assegurar a “absoluta e estrita unidade
da vontade”. “Mas como se pode
garantir a estrita unidade de vontade?” “Por milhares
subordinando suas vontades para a vontade de um”. O que é
necessário fazer o industrialismo funcionar é “a disciplina de
ferro no trabalho, com obediência
inquestionável para a vontade de
uma única pessoa, o líder soviético, durante o trabalho”. Arbeit
macht frei!
Algumas
pessoas dão ordens e outras as obedecem: esta é a essência da
servidão. De fato, como Hospers presunçosamente observa, “pelo
menos se pode mudar de emprego”, mas você não pode evitar de ter
um emprego — assim como sob o
estatismo alguém, pelo menos, pode-se mudar de nacionalidade mas
você não pode evitar a sujeição a um ou outro estado-nação. No
entanto, liberdade significa mais do que o direito de mudar de
mestres.
Hospers
e outros liberais estão errados em supor, com o industrialista de
Manchester, Engels, de que a tecnologia impõe sua divisão de
trabalho “independente de organização social”. Ao contrário, a
fábrica é um instrumento de controle social, o mais eficiente já
imaginado para impor o abismo de classe entre os poucos que “tomam
decisões” e os muitos que “os implementam”. Tecnologia
industrial é muito mais o produto do que a fonte do totalitarismo no
local de trabalho. Por isso a revolta contra o trabalho — refletida
no absenteísmo, sabotagem, falso volume de negócio, desvio, greves
selvagens e na demora de executar tarefas — tem uma promessa muito
mais libertadora do que maquinações de políticos e propagandistas
“libertários”.
A
maior parte do trabalho serve aos propósitos predatórios de
comércio e coerção e pode ser abolida de forma definitiva. O resto
pode ser automatizado e/ ou transformado — por especialistas, quer
dizer, os trabalhadores que atuam nisso — em passatempos criativos
e divertidos cuja variedade e convívio fará gerar incentivos
extrínsecos como a igualmente obsoleta recompensa capitalista e a
punição comunista. Na esperançosa revolução meta-industrial
iminente, comunistas libertários revoltados contra o trabalho irão
acertar contas com “liberais” e “comunistas” que trabalham
contra a revolta. E então nós poderemos ir ao grande encontro!
Mesmo
se você acha que tudo o que eu disse sobre o trabalho, como a
possibilidade de sua abolição, seja um absurdo visionário, as
implicações de anti-liberdade de suas prevalências ainda seriam
válidas. O tempo de sua vida é a única mercadoria que você pode
vender, mas nunca comprar de volta. Murray Rothbard acha que
igualitarismo é uma revolta contra a natureza, mas o seu dia é de
24 horas, assim como de todo mundo. Se você passa a maior parte de
sua vida levando ordens ou puxando saco, se você fica habituado à
hierarquia, você se tornará passivo-agressivo, sado-masoquista,
servil e estupidificado e você carregará este fardo em todo o
aspecto do equilíbrio de sua vida. Incapaz de viver uma vida de
liberdade, você se contentará por uma de suas representações
ideológicas, como o liberalismo. Você não pode tratar valores como
trabalhadores, contratar e demiti-los como quiser e atribuir a cada
um um lugar numa divisão de trabalho imposta. O gosto pela liberdade
e prazer não pode ser compartimentado.
Liberais
se queixam de que o estado é parasitário, uma excrescência na
sociedade. Eles pensam que é como um tumor que você poderia
cortá-lo fora, deixando o paciente assim como ele era, só que mais
saudável. Eles foram iludidos por suas próprias metáforas. Assim
como o mercado, o estado é uma atividade e não uma entidade. A
única forma de abolir o estado é mudar o modo de vida que faz parte
dele. Esse modo de vida, se você chama isso de vida, gira em torno
do trabalho e se leva pela burocracia, moralismo, educação,
dinheiro e entre outros. Liberais são conservadores porque eles
declaradamente querem manter a maior parte desta bagunça e então,
inconscientemente, perpetuar o resto da algazarra. Mas eles são maus
conservadores porque eles esqueceram a realidade da interconexão
institucional e ideológica, que foi a percepção original dos
conservadores históricos. Totalmente fora de contacto com as
verdadeiras correntes de resistência contemporânea, eles denunciam
oposição prática ao sistema como “niilismo”, “ludismo” e
outras palavras bonitas que eles não entendem. Uma olhada no mundo
confirma que o capitalismo utópico deles simplesmente não pode
competir com o estado. Com inimigos como liberais, o estado não
precisa de amigos.
Traduzido do inglês por Rodrigo Viana. Para ler o texto original clique aqui.
Robert Charles Black Jr., mais conhecido como Bob Black, é advogado, mestre em Jurisprudência e Política Social, Justiça Criminal e Lei Criminal, ensaísta e autor de diversos livros entre eles The Abolition of Work and Other Essays. É uma das personalidades mais marcantes do "Anarquismo pós-esquerdista".
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