sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

O liberal como conservador



Originalmente publicado em 1984

Por Bob Black

Eu concordei em vir aqui hoje para falar sobre o assunto “O Liberal como Conservador”. Para mim, isso é tão óbvio que me é difícil encontrar algo para dizer às pessoas que ainda pensam que liberalismo tem algo a ver com a liberdade. Um liberal é apenas um adepto do Partido Republicano que usa drogas. Eu teria preferido um tema mais controverso como “O Mito do Orgasmo Peniano”. Mas já que a minha presença aqui é patrocinada pelo estimado distribuidor de uma autêntica biblioteca de referência sobre desordem e truques sujos, eu não posso apenas pegar a concha [N. T.: referência ao livro O Senhor das Moscas] e transviar. Eu, de fato, irei mutilar a vaca sagrada que é o liberalismo mas, como dito, darei alguns exemplos das ultra-esquerdas à direita ao meu modo. E eu não quero dizer que será de um jeito fácil. Eu poderia apenas apontar para o Trilateralismo do laissez-faire do Partido Libertariano, então sair e procurar por um partido. Não demora muito para dizer que se você lutar em fogo contra fogo você irá se queimar.

Se isso fosse tudo o que eu tivesse a dizer, alguém se levantaria e diria que o Partido Libertariano abandonou a fé liberal assim como os cristãos têm insistido que seus comportamentos ao longo dos últimos 1900 anos ou mais não deveriam ser mantido contra o cristianismo. Há liberais que tentam recuperar o liberalismo do Partido Libertariano assim como há cristãos que tentam reaver o cristianismo da cristandade e dos comunistas (já tentei comigo mesmo) que tentam salvar o comunismo dos partidos e estados comunistas. Eles (e eu) se exprimiram bem mas perdemos. Liberalismo é direitismo-marginal partidarquista [N.T.: partidarquismo é qualquer doutrina política que apoia o sistema partidário-eleitoral institucional] assim como socialismo é, de fato, o que dissidentes do Leste Europeu chamam de “socialismo real”, isto é, o socialismo de estado da vida real de filas, racionamento, corrupção e coerção. Mas eu escolhi não derrubar este espantalho enquanto homem que não faz mal a ninguém. Uma corrente da direta reaganista [N. T.: relativo ao ex-presidente americano Ronald Reagan] obviamente tem apropriado, com seletiva suspeita, de tais temas liberais como desregulamentação e voluntarismo. Ideólogos indignados de que Reagan tem distorcido os princípios deles. Grande bosta! Eu noto que os princípios deles, não os meus, que ele achou adequado imitar. Esse tipo de disputa não me interessa. Meus motivos por considerar o liberalismo como conservador vai muito além disso.

Meu alvo é o que a maioria dos liberais têm em comum — uns com os outros e com os inimigos ostensivos deles. Liberais servem o estado até melhor do que eles declamam contra. No fundo, eles querem o que o estado quer. Mas você não pode querer o que o estado queira sem querer o estado junto, porque o que o estado quer é as condições em que ele se floresce. Minha abordagem (não amigável) à sociedade moderna é considerá-la como uma totalidade integrada. Teorias doutrinárias idiotas que consideram o estado como uma excrescência parasitária sobre a sociedade não pode explicar a sua persistência de longos séculos, a sua contínua invasão sobre o que antes era terreno de mercado ou sua aceitação pela esmagadora maioria de pessoas incluindo vítimas verificáveis.

Uma teoria muito mais plausível é a de que o estado e (pelo menos) esta forma de sociedade possuem uma interdependência simbiótica (contudo sórdida), de que o estado e tais instituições como o mercado e a família nuclear são, em vários aspectos, modos de hierarquia e controle. As articulações dessas instituições nem sempre são harmoniosas (briga por terreno aqui) porém eles partilham de um interesse em comum em confiar seus conflitos à elite ou a resolução de especialista. Para demonizar o autoritarismo estatal, em que ignora arranjos subservientes idênticos, contudo consagrados por contrato, nas grandes corporações que controlam a economia mundial, o fetichismo é pior. Todavia, (para citar o mais vociferante dos liberais radicais, o Professor Murray Rothbard) não há nada de não-liberal sobre “organização, hierarquia, trabalho assalariado, concessão de fundos por liberais milionários e um partido liberal”. De fato. É por isso que o liberalismo é apenas conservadorismo com um verniz racionalista/ positivista.

Liberais prestam um serviço ao estado em que somente eles podem prover. Por todas as queixas deles sobre suas extensões ilícitas que eles concedem, em seus momentos lúcidos, eles admitem que o estado governa muito mais pelo consentimento do que pela coerção — ou seja, nos termos “liberais” da situação atual, o estado não governa nada, ele meramente cumpre termos tácitos ou explícitos de seus contratos. Se parece contraditório dizer que a coerção seja consensual, a contradição está no mundo, não na expressão, e não pode ser adequadamente apresentada exceto pelo discurso dialético. A silogística unidimensional não pode fazer justiça a um mundo amplamente carente de virtude. Se o seu idioma carece de poesia e paradoxo, é desigual à tarefa de contabilizar a atualidade. Caso contrário, algo radicalmente novo é literalmente impronunciável. A lógica escolástica “A= A” criada pela Igreja Católica, ao qual os liberais herdaram, de forma incontestada, vinda dos seguidores de Ayn Rand, é tão constritivamente conservadora quanto a Novilíngua de 1984.

O estado comanda, na maior parte, apenas porque ele comanda o apoio popular. É (e deveria ser) um constrangimento aos liberais de que o estado governa com apoio de massa — incluindo, para todas os efeitos práticos, o deles.

Liberais reforçam atitudes complacentes, desviando insatisfações que são generalizadas (ou que tendem a essa forma) focando em características particulares e funções do estado em que eles são os primeiros a insistir que são dispensáveis! Assim eles transformam revolucionários em reparadores. Crítica construtiva é, de fato, o tipo mais sutil de louvor. Se os liberais conseguissem aliviar o estado de suas atividades exíguas, justamente eles poderiam salvar o próprio estado. A ineptidão do setor público predominante não será corroída pela reverência à autoridade. Quanto mais o estado age, pior fica. Seguramente a razão pela aversão do homem comum ao comunismo está na sua relutância em ver toda a economia funcionar como o correio. O estado tenta transformar seus soldados e policiais em objetos de veneração e respeito, mas os uniformes perdem muito da sua mística quando você os vê sendo usados por guardas florestais e coletores de lixo.

Os ideais e as instituições de autoridade tendem a se agrupar juntos, tanto subjetivamente quanto objetivamente. Você pode se lembrar da observação de Edward Gibbon acerca da aliança eterna do Trono e do Altar. Descontentamento gerado de dogmas recebidos tem uma tendência a se espalhar. Se há qualquer futuro para a liberdade, ela depende disso. A menos que e até que a alienação se reconheça, todas as armas que os liberais estimam serão inúteis contra o estado.

Você pode contestar de que o que eu disse possa ser aplicado à maioria minarquista dos liberais, mas não aos supostos auto-intitulados anarquistas dentre eles. Nem tanto. Para mim um anarquista de direita é só um minarquista que aboliria o estado para a sua própria satisfação chamando-o de qualquer outra coisa. Mas esta briga familiar incestuosa não é assunto meu. Ambos os lados apelam para a parcial ou completa privatização das funções estatais mas nenhum questiona as próprias funções. Eles não denunciam o que o estado faz, eles apenas se opõem sobre quem está fazendo isso. É por isso que as pessoas mais vitimadas pelo estado mostram o menor interesse no liberalismo. Aqueles que recebem a ponta final da coerção não tergiversam sobre as credenciais dos que coagem. Se você não pode ou não quer pagar você não se importa muito se sua privação é chamada de furto, taxação, restituição ou aluguel. Se você gosta de controlar o seu próprio tempo você distingue emprego da escravidão somente em grau e duração. Uma ideologia que supera todas as outras (com a possível exceção do marxismo) em sua exaltação da ética do trabalho só pode ser um freio às orientações anti-autoritárias, mesmo se isso funcione em meio ao caos.

Meu segundo argumento, relacionado ao primeiro, é de que a fobia liberal em relação ao estado reflete e reproduz um profundo equívoco das forças operacionais que fazem o controle social no mundo moderno. Se — e isso é um grande “se”, especialmente onde os liberais burgueses estão interessados — o que você quer é maximizar a autonomia individual, então está muito claro de que o estado é o menor fenômeno que se encontra no seu caminho.

Imagine que você seja um antropologista marciano especializado em estudos terrenos e equipado com o que há de mais moderno em telescópio e equipamentos de vídeo. Você ainda não decifrou qualquer linguagem terrena e assim você só pode gravar o que os terráqueos fazem, não os equívocos deles compartilhados sobre o que eles estão fazendo e por quê. No entanto, você pode medir de modo grosseiro quando eles estiverem fazendo o que eles quiserem e quando eles estiverem fazendo alguma outra coisa. Sua primeira descoberta importante é que terráqueos dedicam quase todo o seu tempo a atividades indesejáveis. A única exceção importante é um número cada vez menor de grupos de caçadores-coletores não perturbados por governos, igrejas e escolas, que dedicam cerca de quatro horas por dia a atividades de subsistência que se assemelham muito a atividades de lazer das classes privilegiadas em países capitalistas industriais do qual a pessoa fica na dúvida se descreve o que eles fazem como sendo trabalho ou lazer. Mas o estado e o mercado estão erradicando estes obstáculos e você se concentra adequadamente nos poucos sistemas mundiais inteiramente inclusivos de que, apesar de todos os antagonismos internos evidentes como resumidos em guerra, é praticamente o mesmo em qualquer lugar. Ademais, você observa que o jovem terreno é quase que totalmente sujeito às imposições da família e da escola, às vezes apoiado pela igreja e ocasionalmente pelo estado. Os adultos geralmente se reúnem em família também, mas o local onde eles passam a maior parte do tempo e se submetem ao controle mais forte é no trabalho. Por isso, sem mesmo entrar na questão do preceito definitivo da economia mundial dentro de limites estreitos da atividade produtiva de todos, é evidente que a fonte do maior aprisionamento direto experimentado pelo adulto comum não é o estado mas, sim, a ocupação que o emprega. O teu patrão ou supervisor dá-te mais ordens em uma semana do que a polícia em uma década.

Se olharmos para o mundo sem preconceitos, mas com a vista a maximizar a liberdade, a principal instituição coerciva não é o estado, mas o trabalho. Liberais, que de forma séria apelam pela abolição do estado, não obstante, olham as atitudes anti-trabalho com horror. A ideia de abolir o trabalho é, naturalmente, uma afronta para o senso comum. Mas a ideia de abolir o estado também é. Se houvesse um referendo entre os liberais que apresentasse como opções a abolição do trabalho com a retenção do estado, ou a abolição do estado com a retenção do trabalho alguém duvidaria do resultado?

Liberais estão em um raciocínio linear e análise quantitativa. Se eles aplicassem estes métodos para testar suas próprias prescrições, eles ficariam em choque. Esse é o ponto do meu experimento de pensamento marciano. Isso não quer dizer que o estado não seja tão repugnante como os liberais dizem que é. Mas sugere que o estado é importante, não tanto pelo aprisionamento direto que ele inflige sobre condenados e conscritos, por exemplo, quanto ao apoio indireto de empregadores que regimentam empregados, comerciantes que prendem ladrões e pais que tratam de forma paternalista os filhos. Nestas salas de aula, a lição de submissão é aprendida. Claro que sempre existe algumas aberrações como anarco-capitalistas ou anarquistas católicos, mas são somente exceções da regra.

Ao contrário de questões secundárias como desemprego, sindicatos e leis de salário mínimo, o assunto do próprio trabalho é quase que inteiramente ausente na literatura liberal. A maior parte do pouco que existe consiste de seguidores de Ayn Rand verbalizando contra parasitas, dificilmente distinguível da injúria infligida sobre os dissidentes pela imprensa soviética, e de escolas dominicais declarando trivialidades de que não existe almoço grátis — isso vindo de ricos poderosos que habilmente se aproveitaram de tudo deles. Em 1980 uma rara exceção apareceu em uma revisão de livro publicada na revista Libertarian Review pelo professor John Hospers, o experiente conselheiro do Partido Libertariano que abandonou o colégio eleitoral em 1972. Foi uma defesa vigorosa do trabalho por um professor universitário que não precisava fazer nada. Para demonstrar que seus argumentos eram completamente conservadores, basta mostrar que eles concordaram em todos os pontos essenciais com o marxismo-leninismo.

Hospers achou que poderia justificar o trabalho assalariado, a disciplina de fábrica e a gestão hierárquica observando que elas são impostas em regimes leninistas assim como no capitalismo. Ele aceitaria o mesmo argumento para a necessidade de leis repressivas de sexo e drogas? Assim como outros liberais, Hospers é inquieto — daí sua perseguição gratuita contra grupos de esquerda — porque o liberalismo e o leninismo são tão diferentes como Coca-cola e Pepsi quando se trata de consagrar a sociedade de classes e a fonte deste poder, o trabalho. Somente no sólido fundamento do fascismo de fábrica e da oligarquia de escritório os liberais e leninistas ousam debater questões triviais que os dividem. Lance nas correntes populares os conservadores, que reconhecem o mesmo, e chegamos num verdadeiro trilateralismo da ideologia pró-trabalho temperado à gosto.

Hospers, quem nunca teve que receber ordens, não vê nada de degradante em receber ordens de chefes, pelo “de que outra forma uma fábrica de larga escala poderia ser organizada?”. Em outras palavras, “querer abolir a autoridade na indústria em larga escala é equivalente a querer abolir a própria indústria”. Hospers novamente? Não, Frederick Engels! Marx concordou: “Vá e conduza uma das fábricas de Barcelona sem direção, isto é, sem autoridade!” (O que é precisamente o que os operários catalães fizeram em 1936, enquanto os líderes anarco-sindicalistas deles temporizaram e cortaram acordos com o governo). “Alguém”, diz Hospers, “tem que tomar decisões e” — veja só que coisa — “alguém mais tem que implementá-las”. Por quê? Seu precursor Lenin igualmente endossou os “poderes ditatoriais individuais” para assegurar a “absoluta e estrita unidade da vontade”. “Mas como se pode garantir a estrita unidade de vontade?” “Por milhares subordinando suas vontades para a vontade de um”. O que é necessário fazer o industrialismo funcionar é “a disciplina de ferro no trabalho, com obediência inquestionável para a vontade de uma única pessoa, o líder soviético, durante o trabalho”. Arbeit macht frei!

Algumas pessoas dão ordens e outras as obedecem: esta é a essência da servidão. De fato, como Hospers presunçosamente observa, “pelo menos se pode mudar de emprego”, mas você não pode evitar de ter um emprego — assim como sob o estatismo alguém, pelo menos, pode-se mudar de nacionalidade mas você não pode evitar a sujeição a um ou outro estado-nação. No entanto, liberdade significa mais do que o direito de mudar de mestres.

Hospers e outros liberais estão errados em supor, com o industrialista de Manchester, Engels, de que a tecnologia impõe sua divisão de trabalho “independente de organização social”. Ao contrário, a fábrica é um instrumento de controle social, o mais eficiente já imaginado para impor o abismo de classe entre os poucos que “tomam decisões” e os muitos que “os implementam”. Tecnologia industrial é muito mais o produto do que a fonte do totalitarismo no local de trabalho. Por isso a revolta contra o trabalho — refletida no absenteísmo, sabotagem, falso volume de negócio, desvio, greves selvagens e na demora de executar tarefas — tem uma promessa muito mais libertadora do que maquinações de políticos e propagandistas “libertários”.

A maior parte do trabalho serve aos propósitos predatórios de comércio e coerção e pode ser abolida de forma definitiva. O resto pode ser automatizado e/ ou transformado — por especialistas, quer dizer, os trabalhadores que atuam nisso — em passatempos criativos e divertidos cuja variedade e convívio fará gerar incentivos extrínsecos como a igualmente obsoleta recompensa capitalista e a punição comunista. Na esperançosa revolução meta-industrial iminente, comunistas libertários revoltados contra o trabalho irão acertar contas com “liberais” e “comunistas” que trabalham contra a revolta. E então nós poderemos ir ao grande encontro!

Mesmo se você acha que tudo o que eu disse sobre o trabalho, como a possibilidade de sua abolição, seja um absurdo visionário, as implicações de anti-liberdade de suas prevalências ainda seriam válidas. O tempo de sua vida é a única mercadoria que você pode vender, mas nunca comprar de volta. Murray Rothbard acha que igualitarismo é uma revolta contra a natureza, mas o seu dia é de 24 horas, assim como de todo mundo. Se você passa a maior parte de sua vida levando ordens ou puxando saco, se você fica habituado à hierarquia, você se tornará passivo-agressivo, sado-masoquista, servil e estupidificado e você carregará este fardo em todo o aspecto do equilíbrio de sua vida. Incapaz de viver uma vida de liberdade, você se contentará por uma de suas representações ideológicas, como o liberalismo. Você não pode tratar valores como trabalhadores, contratar e demiti-los como quiser e atribuir a cada um um lugar numa divisão de trabalho imposta. O gosto pela liberdade e prazer não pode ser compartimentado.

Liberais se queixam de que o estado é parasitário, uma excrescência na sociedade. Eles pensam que é como um tumor que você poderia cortá-lo fora, deixando o paciente assim como ele era, só que mais saudável. Eles foram iludidos por suas próprias metáforas. Assim como o mercado, o estado é uma atividade e não uma entidade. A única forma de abolir o estado é mudar o modo de vida que faz parte dele. Esse modo de vida, se você chama isso de vida, gira em torno do trabalho e se leva pela burocracia, moralismo, educação, dinheiro e entre outros. Liberais são conservadores porque eles declaradamente querem manter a maior parte desta bagunça e então, inconscientemente, perpetuar o resto da algazarra. Mas eles são maus conservadores porque eles esqueceram a realidade da interconexão institucional e ideológica, que foi a percepção original dos conservadores históricos. Totalmente fora de contacto com as verdadeiras correntes de resistência contemporânea, eles denunciam oposição prática ao sistema como “niilismo”, “ludismo” e outras palavras bonitas que eles não entendem. Uma olhada no mundo confirma que o capitalismo utópico deles simplesmente não pode competir com o estado. Com inimigos como liberais, o estado não precisa de amigos.

Traduzido do inglês por Rodrigo Viana. Para ler o texto original clique aqui.


Robert Charles Black Jr., mais conhecido como Bob Black, é advogado, mestre em Jurisprudência e Política Social, Justiça Criminal e Lei Criminal, ensaísta e autor de diversos livros entre eles The Abolition of Work and Other Essays. É uma das personalidades mais marcantes do "Anarquismo pós-esquerdista".

3 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom!

Andre disse...

Que tradução desonesta, Viana!

LIBERTÁRIOS se queixam de que o estado é parasitário; os liberais - Locke, Jefferson, Montesquieu - CONSTRUÍRAM o Estado democrático de direito. E tb o Social! Aquilo que os socialistas chamam de "Estado burguês".

Rodrigo F. Silva disse...

De fato, André, libertários se queixam do estado: anarco-sindicalistas, anarco-comunistas, anarco-coletivistas dentre mais outros grupos vindos da tradição socialista libertária. Já a briga entre liberais tradicionais e ultraliberais, como bem disse Bob Black no texto, não é assunto meu.

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